Enfim... o fim!

Nasce por fim a luz no meio das trevas,
Pressinto o cair da cruz do sofrimento.
Será o surgir da paz e o fim das guerras?
Será verdade ou um mero sentimento?

Há uma luz forte que ofusca o meu ser,
Tento ver, tento mas não consigo.
Sinto uma leveza que me dá prazer,
Encontro-me tão bem que me regozijo.

Um aroma forte inala-me as narinas,
Dá-me prazer absorvê-lo distintamente,
Cheira a sal do mar em doses finas,
Com elas desenho uma imagem na mente.

Imagem do que se encontra à minha frente,
Que com tanta luz é me negado ver,
Mas vejo sem olhos, só com a mente,
E sinto a minha alma a transparecer.

Oiço uma voz lá bem do fundo,
Não vem de mim é ainda mais intima,
Diz que já não pertenço ao mundo
Porque do mesmo mundo fui vítima.

Diz que este é por fim o meu último lar
O qual a eternidade me reservou,
Porque um dia o mundo decidi amar
E por isso o seu criador me amou!

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